Ana Carolina apresenta show #AC aos paranaenses
A cantora, compositora e instrumentista Ana Carolina desembarca nesta sexta-feira em Curitiba para apresentar aos paranaenses o seu mais recente show "#AC". A apresentação, que acontece no palco do Teatro Guaíra, marca as comemorações dos 15 anos de carreira da artista. Dirigido pela cineasta Monique Gardenberg, o espetáculo é recheado de sucessos e conta com interferências de beats, samplers, scratchs e vinhetas, além de instrumentos tecnológicos e projeção de vídeos exclusivos.
No repertório do novo show, Ana interpreta canções do mais recente CD, "#AC" (2013), e grandes sucessos autorais como "É Isso Aí", "Garganta" e "Elevador". O set list conta ainda com três novidades: "Fire", de Bruce Springsteen; uma versão bem humorada para "Periguete", de MC Papo, como mashup com "Você Não Vale Nada", hit de Calcinha Preta, composto por Dorgival Dantas; e uma nova versão de "Coração Selvagem", de Belchior.
A banda que acompanha Ana na capital paranaense é formada pelos músicos Pedro Baby (guitarra), Edu Krieger (baixo), Carlos Trilha (teclados), Leo Reis (bateria e percussão), além do DJ Mikael Mutti, que já trabalhou com John Legend e Stevie Wonder.
Em entrevista à FOLHA por e-mail, Ana Carolina falou sobre a concepção do show, seu recente envolvimento com a música eletrônica e a relação com o seu fã-clube.
Qual é a espinha dorsal desse novo show que você apresenta em Curitiba?
Músicas de todas as fases dos meus 15 anos de carreira, canções do #AC e releituras de outros cantores como Bruce Springsteen e Belchior.
O que o público pode esperar da apresentação?
Música popular brasileira, emoção e diversão. Uma banda incrível, um lindo visual, euzinha cantando e tocando, e a chance de celebrarmos juntos.
Seu disco mais recente aponta uma aproximação maior com a música eletrônica. Essa sonoridade em seu trabalho seria apenas pontual ou um caminho a ser explorado em outros trabalhos?
Encaro a música como um trabalho em constante movimento, não gosto de me repetir e é justamente a chance de sempre fazer diferente que me move. O uso de elementos eletrônicos e tecnologia é tão importante para mim quanto o uso de violinos, cellos, fagotes e a presença de grandes músicos, gosto da mistura e do equilíbrio. #AC não é um disco de pista, é um trabalho contemporâneo conectado com o seu tempo. Não é um desvio de rota ou um "gabarito" a ser seguido, tudo que menos quero é engessar a criação. A graça de fazer música é poder experimentar uma percussão com uma garrafa de cerveja, um assovio, uma harpa ou um "barulhinho" de metrô.
Nos últimos anos você tem ampliado bastante seu leque de parcerias nas composições. De que forma você acha que essa mistura de universos influencia sua música e é influenciada por ela?
Nos últimos quinze anos, podemos dizer que trabalhei com uma grande gama de parceiros. Desde sempre contei com parcerias nas composições nos duetos e não quero perder essa oportunidade de lidar com outros olhares, sotaques e sabores. É sempre uma troca de influências e visões.
Você é uma das maiores hitmakers do País. Existem cobranças internas ou externas para manter-se no topo das paradas a cada novo lançamento?
Não vejo música como um campeonato, um teste de esforço para se chegar ou se manter em algum lugar. O hit é uma consequência e não algo que se faça sob medida, a criação não pensa números, pensa notas, tons, cores, nuances. Tenho a sorte de poder fazer o que quero, ser dona do trabalho e não ter que atender a pressões do mercado, o que entrego é para os fãs e não para empresas ou empresários. O importante é seguir fazendo o que se acredita.
Ultimamente você tem dirigido seus próprios clipes. Essa atividade é usada apenas para complementar a sua assinatura musical ou pode acontecer de vir a produzir imagens para outros artistas?
Não pensei nisso e creio que seria mais complicado pois requer tempo e dedicação. Passo horas no estúdio gravando e muitas vezes perco noites editando um vídeo. Acho que chegar ao ponto de fazer algo fora da música em termos de vídeo eu faria cinema que adoro, mas não é o objetivo. Fiz vídeos para interpretar visualmente minhas canções e entregar algo ainda mais personalizado ao público, estou gostando do exercício apesar do trabalho que dá.
Seu fã-clube é bastante participativo e fervoroso. Já teve medo de perder o controle sobre essa fixação que os fãs têm por você?
A relação que tenho com meus fãs é sincera e verdadeira. Temos um respeito mútuo e eles sabem que não caio nessa ficção da "Diva" prefiro a "vida real", sou uma trabalhadora, uma operária da música e trabalho com a realidade, simplicidade. Quando vejo alguém que tatuou meu rosto nas costas, nas pernas, eu digo: "você não vai se arrepender? Sua mãe deixou?". Enquanto eu trabalhar direitinho, eles estarão ao meu lado, mas no dia em que eu acreditar no mito, a coisa muda de figura.
Você está começando uma nova turnê. Já tem planos para projetos futuros. Pode adiantar algo pra gente?
O plano atualmente é viajar por dois anos com o novo show, sigo compondo novas canções, é um hábito, uma hora apresento alguma coisa, mas agora é hora de "ir pra galera" e celebrar os 15 anos de carreira com quem me dá motivos diários de continuar a produzir, somos uma coisa só.
SERVIÇO
Ana Carolina no show #AC
Quando - sexta-feira, às 21 horas
Onde - Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade, s/n)
Quanto – R$ 250 (plateia) R$ 220 (1 balcão) R$ 180 (2.º balcão)
Ingressos – Teatro Guaíra e diskingressos (www.diskingressos.com.br)
Fonte:www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1622-20140514&tit=ana+carolina+apresenta+show+ac+aos+paranaenses